terça-feira, 30 de setembro de 2008

E por falar nos “que responderam à chamada das Tropas a Leiria”…

Ocorreu-me que o autor que é detentor desta citação e de muitas, muitas outras, que protagonizou cenas anedóticas e foi actor de muitas telenovelas portuguesas, quando os canais da nossa televisão ainda só exibiam as brasileiras, também marchou, literalmente, rumo aos Açores para responder à chamada da tropa.
E eis que, depois de se ter escapado para Vila Real, lá veio o Solipa, em 1985, qual repatriado, e em ajustes para com a Pátria, com todo o seu manancial linguístico. E os amigos cá estavam para receber tão ilustre e singular personalidade.
E, chegado o momento, tenho a honra de possuir um registo fotográfico da segunda passagem de Carlos Solipa das Neves por terras Açorianas, que gostaria de partilhar convosco.


Sentados à porta: Madruga e Helena Flor de Lima (são antigos alunos!!!)
1º plano: Solipa, qual talibã sem saias, eu e a Janyne.

Acrescento apenas que sou também conhecedora de algumas cenas, não de todas, em que o famoso artista se envolveu, e prometo que vou contá-las, mas necessito de fazer algum trabalho de pesquisa.

Cá vou eu

Estava difícil criar a minha conta, não sou perito em internets.
Já estou com saudades do dia 20. Foi maravilhoso voltar a ver todos os que responderam à chamadas das tropas a Leiria. Foi pena não podermos estar todos mas para começo não está mal.
Vou começar a vasculhar nas minhas coisas para tentar contribuir com fotografias que possa encontrar.
Gostei de ver que já houve pessoas que não foram ao almoço mas que já se mostraram no blog. Obrigado. Volto a dar noticías.

Enfim, cheguei...

Biba Malta!...

Bem, como alentejano que sou (lento e desconfiado), tinha que demorar algum tempo a chegar. Mas enfim, cá estou.
Não será demais referir, ainda que tardiamente, a enorme alegria que invadiu a minha alma naquela tarde de 20 de Setembro, ainda por cima partilhada por todos os presentes.
Óbviamente que muito triste seria não darmos continuidade àquele reencontro e para isso, felizmente que continuamos a contar com um Presidente à altura...eficaz e interventivo.
Depois de vencida a inércia para o reencontro, será bom que todos nos empenhemos em manter vivas todas estas ligações e da minha parte tudo farei para que assim seja.

Um grande beijinho e abraço a todos e até breve.

Tó-Zé Gaio Pereira

E-MAIL PERTINENTE

Olá Marques
Como vez cumpri o prometido e já publiquei uma foto, mas há muito mais....
Não sabes nada da Paula Henriques? Adorava vê-la por aqui e a Ana Rosa também... O Pedro Oliveira ainda teve contacto com a Ana Rosa e o Costinha, mas diz que desde há uns anitos deixou de saber deles...
Adorava saber do Xixa!!! Tenho umas fotos fabulosas dele.
Faltam cá uns personagems com muita piada.
Os Micaelenses todos...
Mas também te estou a enviar o mail para te felicitar por esta ideia do blog, eu estou cá para o manter VIVO e ir fazendo algumas postagens, porque isto de vir espreitar e não dizer nada já não é para gaijo(a)s de 40 e 50 anos...
Beijinhos e cá vamos falando (teclando)
Teresa Valdiviesso

Preciosidades...


Conforme o prometido, lá fui remexer no baú das antiguidades e encontrei um monte de preciosidades, da qual esta é a primeira obra prima...
Isto é do Carnaval 1982, obviamente divertido, já não me lembro quem era a múmia, mas lembro-me do processo de enrolamento em papel higiénico que consumiu alguns rolos!
Com ajuda do Pedro TAP aqui fica a quase legenda:
Woman in pink: Manel Frazão
Escondido atrás: David Lopes
De xaile: Quim Lopes
Camisa branca e laço preto: Filipe
De preto: Chico
Cara farruscada: Paula Henriques
Múmia: Manelinho
Direita da múmia: Filipe Brites
Dama em Rosa Belho: Bouzela
Peço ajuda para esquerda e direita do Quim...
Com a ajuda do Vouzela:
Esquerda do Quim: Moura

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

1ª GARRAIADA do DCA

O Sr. Presidente pediu e eu obedeci!

Andei à procura de "postagens" e eis que encontrei este"valioso documento", do qual tenho o privilégio de ter participado.

Convido-os a debruçarem-se na foto do desfile da primeira garraiada efectuada pela UA (10 de Julho de 83). Não me lembro se, para além da caroça, movida não sei por que animal, havia mais "carros alegóricos" e mais participantes! Ou será que só foram os que se aguentavam em pé? Até a polícia lá estava para manter a ordem! Reparem no ar atento da autoridade! É nós? Trajes académicos para quê? Estas modernices não se usavam. Nada como a bata universal e um pouco da imaginação e está sempre na moda. E lá fomos rumo à Praça dos Touros.

Lá, lembro-me que estavam todos, com a tão apreciada companhia do etanol, que havia em diferentes concentrações, o que fazia com que os participantes se distribuissem pelas bancadas ou pela arena, preferencialmente em resultado do produto desta fermentação anaeróbica e não pela coragem! Uns rolavam na arena em artefactos por nós fabricados e com curta duração de vida e havia mesmo os que sucumbiam à força da gravidade.

E os personagens presentes são: à frente com a bandeira temos a Ana Rosa e a Gena. Atrás estou eu, o Manaças, a Cecília, a Isabel Goulart, a Celeste e na retaguarda, a tomar conta da caroça, está o João Carvalho, e figuram mais uns quantos que não me recordo do nome.

Tenho ainda mais fotos, mas é para apreciarem bem devagarinho!

Beijinhos para todos,

Graciete

Bem-vindas!

Graciete; Ana Isabel; Lucília

Sejam bem-vindas à equipe!
O palco é vosso!
E já agora, dêm uma lição aos "envergonhados(as)"!
J. Marques

Finalmente reunidos

É com o maior prazer que aceito o convite do nosso Presidente bloguista para tornar-me participante activo no nosso Blog, e é com entusiasmo maior que espero rever antigos colegas.

Saudações fraternos a todos

João Porto
jgfporto@gmail.com
http://astroatlantico.blogspot.com
www.astrosurf.com/azores

domingo, 28 de setembro de 2008

BALANÇO

1ª Semana de vida do blog:
1007 Visitas
22 Postagens
53 Comentários
15 Autores Membros da Equipe
35 Fotos de associados
Muito Bom... Excelente!
PARABÉNS!

Temos um e-mail padrão, pronto para ser enviado a quem solicitar, com as instruções de como ser Autor e Membro da Equipe, como fazer uma Postagem, como fazer um Comentário.
Temos conhecimento de que estão a ser preparadas postagens com fotos para serem publicadas na próxima semana.
Pedimos aos Autores que fiquem atentos às postagens feitas no dia em que tencionam publicar. Se já tiverem sido publicadas 2 postagens nesse dia, guardem a vossa publicação para o dia seguinte, assim garantimos diariamente notícias frescas para os leitores.
O sucesso de um blog assenta nas novidades constantes. Pedimos que levem isso em conta. Obrigado a todos.
A equipe do blog

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Reencontro

Foi muito gratificante o reencontro com os meus antigos colegas, alguns deles já não os via há 24 anos, espero no proximo ano voltar-me a encontrar com estes e com mais os outros, que cálculo, devam ter ficado com pena de não terem podido vir.

Beijos para todos os colegas

resposta ao Presidente

Presidente não te zangues!!!
Olha que já não estamos com idade para isso...
Eu não aceitei logo o convite porque o email aqui da minha loja (ex Estação Florestal Nacional) tem estado bloqueado, como tudo no Estado :-)
Mas pronto já cá estou e vou ver no fim-de-semana as preciosidades que arranjo lá por casa para as publicar para a semana.
Beijinhos a todos e mais uma vez parabéns pela ideia do Blog

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mensagem à vossa consciência

Hoje não houve postagens!
Foram enviados 45 convites para ser Membro da Equipe que pode escrever no Blog.
Só 11 aceitaram ser Membros da Equipe.
Só 5 fizeram postagens.
Até hoje tivemos mais de 650 visitas.
Mas poucos comentários foram feitos.
Será que o povo mudou tanto assim e envergonhou-se?
Não acredito!
Amanhã vamos ser surpreendidos!
O que tem de bom esta vida é que há sempre um amanhã!
Bom resto de semana a todos!
Joaquim Marques

quarta-feira, 24 de setembro de 2008



No nosso almoço, o To zé de Portalegre (Gaio Pereira) presenteou-nos com alguns sons dos Açores e outros fazendo-se acompanhar pelos seus rebentos Nuno e André mostrando que filho de peixe sabe nadar e que bem que nadam.
A concentração do Publico reflecte a qualidade da audição.

Patifarias

Agora já se pode contar.

Estava o Satiricon a dar o máximo, e nós tinhamos o bom hábito de o fechar quase todas as madrugadas, com sacrifício das aulas da manhã. Naquela época, conseguimos arranjar umas caixas de cartuchos no clube de tiro da base e, noite sim, noite sim, íamos aos coelhos para a estrada do Algar do Carvão. Eu sentado no capot de um BMW 2002, caçadeira em punho, ía despachando coelhos e a rapaziada atrás na Hiace do Carlos Armando da foto íris apanhavam os que viam na estrada mortos. Quando se acabavam os cartuchos, continuavamos com tacos de basebol a correr atrás dos coelhos mesmo fora da estrada. Uma vez desapareci dentro de um buraco (grota). No final da caçada chegamos a contar setenta e tal coelhos. O pequeno almoço era pão com manteiga da vizinhança que o tinha pendurado da porta.
Estas manobras começaram a dar nas vistas e não tardou que que tivessemos a polícia à perna.
Era então costume estarem meio disfarçados de criptoméria no pico da urze à espera da nossa saída.
Uma noite, saímos a pé para Angra e lá estavam os artistas emboscados. Descemos uns 800 m e ouvimos o carro deles começar a trabalhar. Nesse momento, com grandes camadas, passavamos por um poste de telefone deitado na berma. Nem podia ser melhor. Atravessámos o poste na estrada e saltamos para o serrado. Não tardou 2 minutos e "Catabrum", o carro da bófia montado no poste com as rodas que pareciam as patas de um cágado.
Fugimos pelo meio de um bananal quase a chegar à Silveira e enfiámo-nos em minha casa o resto da madrugada.
Durante algum tempo andamos cheios de medo, cada vez que via um policial, pensava que era para me prender.
As caçadas continuaram mais tarde. Muitos foram esfolados e temperados em casa do Chico, do Zuzarte e da Paula.

Manel Chaparro

Continuação das fotos de Angra do Heroísmo




Fotografias recentes de Angra do Heroísmo






Caros Colegas e Amigos:

Dentro das saudades, que todos nós temos dos tempos de estudante que por Angra do Heroísmo passamos, certamente gostaremos de ver a cidade nos dias de hoje. Por isso aí vão umas fotografias para recordar e ficarem com uma noção de Angra do Heroísmo dos dias de hoje.

Um forte abraço


Carlos Vouzela

Instalações Campo de Angra do Heroísmo



Caros Colegas:

Sei que muitos de vós ainda têm retida na mente as antigas intações do DCA, que ainda funcionam a nivel de gabinetes e aulas laboratoriais, mas presentemente já se encontram em construção novas instalações. Irei enviar uma fotografia do Complexo Pedagógico, aonde já se leccionam as aulas teóricas e presentemente está em fase terminal de construção o edíficio de Acção Social (cantina, bar e secretarias). Também, se iniciou neste mês a construção do Edífio onde se instalarão os laboratórios e gabinetes, estando previsto para 2010 o término do mesmo. A localização destas novas instalções é no Pico da Urze (junto aos portões de S. Pedro, ou seja a caminho da discotega Twins, que ainda funciona, após ter passado por uma fase de pouca música mas de muitas mulheres, principalmente brasileiras). Por isso, ao fim de uns longos anos começamos a ter umas instalações mais condizentes com aquelas que muitos de nós que por cá passaram e que se orgulham do mesmo e que já na altura desejavam-nas ter.
Actualmente já se leccionam neste Campus vários Cursos de Licenciatura de acordo com Bolonha(Ciências Agrárias-Agronomia ou Zootecnia; Gestão e Engenharia do Ambiente; Medicina Veterinária - preparatórios; Ciências da Nutrição - preparatórios; Farmácia - preparatórios; Guias da Natureza; Energias Renováveis; Ensino Básico; Enfermagem), assim como Mestrados e Doutoramentos.
Penso que desta forma simples vos consegui transmitir o que é hoje a Instituição (em Angra do Heroísmo), que está um pouco longe dos nossos tempos.
Dentro dos possíveis irei colaborar com todos vós neste blog, onde também trarei algumas fotografias antigas para se recordar.

Um forte abraço para todos os Colegas e Amigos


Carlos Vouzela
Frango Terno – Galinha Velha

Penso que foi um sábado algures em 1982 depois de mais uma noite de folia, invariavelmente, fazíamos uma busca ao velho frigorífico do lar masculino. Como sempre, também, nada mais havia que leite e um pouco de manteiga.
Já não consigo precisar quem teve uma ideia luminosa, do outro lado da rua havia uma capoeira recheada de frangos e galinhas prontos a satisfazer o nosso apetite voraz, havia nas estufas verduras para os acompanhamentos, tínhamos fogão e temperos, tínhamos apetite de sobra.
Organizamos tarefas, a uns coube a tarefa de trazer os vegetais, a outros de arrumar a casa preparando o repasto, outros ainda ficaram com a incumbência de caçar o apetecido frango.
Controlado o movimento do casal que vivia por baixo do lar foi fácil fazer a colheita dos vegetais, certamente fazendo parte de algum estudo, por isso mais saborosos ainda.
Para quem conheceu a entrada do lar masculino e a cozinha é fácil entender que a sua arrumação não foi digna de grande história.
Já a caçada ao frango merece que lhe dedique algum tempo.

Primeiro problema: Quem vai?
A coragem abandonou alguns de nós e só depois de alguma discussão se escolheu o grupo eleito.
Segundo problema: como caçar o animal sem fazer alarido que acordasse meia terra chã?
Teóricos não faltaram,
Seria com um pau batendo ao de leve na perna do dito para que este trocasse de poleiro e só acordasse já com a panela à vista.
Seria metendo a sua cabeça debaixo da asa para que se convencesse que a noite continuava tranquila.
Seria de um golpe apertar-lhe o pescoço para que quando desse por ele já estivesse depenado.

Afinaram-se estratégias e lá se partiu para a empreitada. Nada correu como o previsto. Os frangos estavam num desassossego. Não consigo dizer se o problema era os frangos terem insónias, ou, se o grupo escolhido não ter primado pela descrição. Mesmo assim já nada iria parar a operação frango.
É verdade que o alvoroço não permitiu uma escolha cuidada, é verdade que o jeitoso que lhe deitou a mão não era muito dado a nuances de delicadeza mas também é verdade que em quinze minutos o frango, que por acaso deveria ser a galinha mais velha da capoeira, passou a morar no lar masculino.
Os comensais que aguardavam um frango tenro não só tiveram uma luta titânica para por aquele monstro na panela como horas depois continuavam à espera que a carne desse sinais de brandura.

Nenhum dos presentes acordou a horas de poder ouvir a referencia que o Sr. Abade, em plena missa dominical, fez à ocorrência dessa noite nas capoeiras da vizinhança.


Foi em 1981 quase os primórdios da Universidade dos Açores (Foi em 1980 que o Instituo foi elevado a Universidade pelo Decreto 252/80, de 25 de Julho - http://dre.pt/pdf1sdip/1980/07/17000/18601861.PDF)




Estas foram mandadas pela Teresa Valdiviesso

terça-feira, 23 de setembro de 2008


Zulmira, Joaquim Marques e Francisco (Chico General), numa festa em casa do chico.

Em casa do Chico General, em 1981 Manuel Frazão, Pedro TAP (Brás de Oliveira), Rochinha (Joaquim Rocha). Manuel Loureiro e Zulmira.


MEMÓRIAS DA TERRA CHÃ

Se bem me lembro, estávamos no início do ano lectivo de 80/81.
Eu já me sentia um tipo importante, já estava no segundo ano, partilhava desde o ano transacto o quarto com o Alfredo Borba no Lar Masculino. Éramos poucos, mas bons amigos!
Tinha começado a reconstrução, a Ilha renascia após o terramoto de 80. O Liceu de Angra tinha falta de professores, e eu consegui um horário de 20 horas. Como eu, outros colegas já se aventuravam nesta duplicidade de ser professor e estudante, responsável e irreverente.
Soubemos que estavam para chegar uma nova leva de 20 novos colegas, caloiros. Entre o segundo e o quinto ano, éramos pouco mais que 25, por isso ansiávamos, todos, pela chegada dos caloiros. Foi preciso conceber um programa de recepção, instituir uma praxe académica, construir uma academia, enfim, lançar as bases de tudo.
Um plano ad hoc simples e eficaz, resultou duma reflexão matutada à mesa da batota no Lar Masculino. Não havia televisão, nem cantina universitária, nem quase nada. Para além das idas à Base Americana, debaixo da liderança do Fino, abastecer de gasolina barata, e umas saídas à discoteca Twin’s, o resto do tempo passávamos a jogar à lerpa. Semanas a fio, vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas, aquela mesa tinha gente a jogar à lerpa. Foi aí que surgiu a primeira ideia peregrina.
- Marques, tu vais lá fora, recebes o caloiro, traze-lo para o Lar, convida-lo a entrar, ele abre a porta, e nós todos aqui sentados damo-lhe as boas vindas.
Assim seria. Mas antes havia que testar o plano. Já era tarde, ouviu-se chegar um carro, era o Tenente Barbosa, que chegava ou do quartel, ou das aulas nocturnas que dava no Liceu. O Barbosa era uma figura ímpar, aliás como cada um de nós, e mais tarde se veio a confirmar. Fugimos todos para os quartos, luzes apagadas, espreitávamos pelas janelas, expectantes. O senhor Tenente, fardado, impecável, empurrou a porta entreaberta, e zás... caiu-lhe uma bacia azul cheia de água e detergente pela cabeça abaixo. Não é preciso contar o que se passou a seguir. O Barbosa espumava, o pessoal ria, o plano funcionava!
Dia após dia, enquanto os caloiros não chegavam, a puta da bacia estava em cima da porta, era preciso muito cuidado. Mas como éramos poucos, já todos sabiam da marosca, a emoção esvaneceu-se, até que um dia, começaram a cair finos jactos de água do tecto dos quartos, em cima das cabeças do pessoal. Quem foi, que deixou de ser?!
O Fino e o seu grupo, Manuel Joaquim, Gualberto, Valadão etc. resolveram investigar, e subiram ao sótão, e um deles levou com uma trave na testa, arremessada pelo meliante da seringa. Mesmo assim não descobriram quem era, havia várias entradas para o sótão pelas casas de banho no topos das alas do Lar e o engraçadinho escapou.
Chegava eu já tarde de Angra, empurrei com cuidado a porta do lar, não havia bacia, mas na sala, na eterna mesa da batota, estava instalada uma grande discussão. O Bioucas, sentado impávido e sereno num daqueles sofás rotos, ouvia calado as interjeições do grupo, mas petulante, negava a autoria dos jactos de seringa e enfrentou o Fino. Este, irritado, levantou-se da mesa, e com ar ameaçador:
- Ó seu cara de caralho, se tornas a repetir isso, espeto-te um murro no meio dos olhos!
Fez-se um silêncio de morte! Eu fiquei ali parado a ver o que aquilo dava. Ai de quem se metesse com o grupo do Fino! Até os mosquitos se ouviam! Foram momentos de gelar a espinha, até que calmamente, olhos nos olhos, sentado no seu sofá roto, o Biocas respondeu:
- O caralho é pai de todos, dá aqui um beijinho ao teu tio!
Foi a risada geral. O Fino sentou-se, e voltou tudo ao normal.
Fui para o quarto. O Alfredo já dormia, sempre com a mão nos tomates, valiosos tomates aqueles. Sem fazer barulho, reparei, em cima da secretária, num atlas aberto com as bandeiras dos países do mundo que o Alfredo sabia de cor, e vários esboços da bandeira dos Açores independentes. Enfim, a pancada do Alfredo era outra, cada um de nós tinha a sua.
Saí para ir à casa de banho. Lá ao fundo, o corredor era comprido, a meio do corredor escuro, estava um candeeiro aceso à entrada dum quarto. Porta aberta, quarto escuro, candeeiro no corredor, coisa estranha...
- Qu´esta merda?!
Lá de dentro, uma voz ensonada, respondeu. Reconheci a voz do Arlindo Tan-Tan:
- Ó pá, deixa estar, é para os mosquitos saírem do quarto!
Outro com uma forte pancada! Nada acontece por acaso! Fomos escolhidos a dedo! Estavam lançadas as bases de um futuro promissor, único. Decidi ali, naquele momento, que nunca pediria transferência de Universidade!
Joaquim Marques

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Parabens

Estão de parabens:
O João e o To-Zé, por terem organizado este primeiro encontro.
O Sr. Presidente, pela criação deste espaço. Será dificil, agora, inventarmos desculpas para não manter um contacto regular.
Os presentes neste primeiro encontro, sem eles não teriamos mais uma mão cheia de historias para recordar.
Os ausentes, por terem deixado a vontade de um dia nos encontrarmos.
Todos, porque um dia nos encontramos nesse "fim do mundo" e escrevemos juntos uma bonita historia.

LEMBRAS-TE?

Quarta-feira, 04 de Abril de 1984
(clica na imagem para vizualizar melhor)

domingo, 21 de setembro de 2008

FOTO DO GRUPO FUNDADOR

Leiria, 20 de Setembro de 2008
(clica na imagem para visualizar melhor)

Nova Associação para Velhos Amigos


Aos vinte dias do mês de Setembro do ano de dois mil e oito, em Leiria, depois de bem comidos e bebidos e emocionados, por iniciativa mui nobre dos colegas Tó Zé Pereira e João Carvalho, reunidos em assembleia informal os Antigos Alunos de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores:


Manuel Loureiro; Noémia Sousa; Maria da Graça Pinto; Arlindo de Sousa; Tó Zé Pereira; Joaquim Marques "presidente"; Maria Emília Barreiros; Óscar Henriques; Nuno Sousa; Rita Sousa; Fernanda Moreira; Rafael Vidal; Alberto Freitas; Ana Isabel Alves; Lucília Abrantes Bravo; Sérgio Paulino Moreira; Carlos Solipa Neves; Filipe Brites Nunes; Maria José Vaz; Edgar Vaz; Quim Lopes; Paulo Monjardino; Luís Gonçalves "Luís Guimarães"; Carlos Martinho; João Carvalho "moletas"; Manuel Letras da Luz "Manuel chaparro"; Miguel Mira; Luís Rocha Homem;

decidiram:


1.Criar a Associação dos Antigos Alunos de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores;

2.Reunir todos os anos durante um fim de semana no mês de Setembro;

3.Divulgar por todos os colegas esta iniciativa;

4.Nomear a comissão organizadora do próximo encontro. Ficaram nomeados os colegas Graça Pinto e Sérgio Moreira.

5. Criar um ficheiro com os telefones e e-mail dos colegas e divulgá-lo entre todos.

6. Criar um blog aberto à participação de todos os Antigos Alunos.


Assim se torna público, esta nova Associação, aberta a todos os que frequentaram a Universidade dos Açores na Terra Chã, Ilha Terceira, mesmo que por breve período de tempo, e ficaram imbuídos do seu espírito fraterno e singular.
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