segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sem alma...

Vazio!
Despido, calvo, nu,
estranho a demora das palavras,
o sentir tão cru...
vazio,
sem nada nem ninguém,
destemido no deserto,
com gente tão iluminada,
tão longe,
tão perto!
Vazio,
na mequita do paradoxo,
no muro da lamentação,
tão vazio,
tão só...
tão perdido sem união!
Vazio,
se faz e desfaz com vidas e tempos,
as vidas que são,
os tempos que não vão,
e, vazio, sem nada para ver, com tanto para contar,
vazio mas... existe...
terá sempre o seu lugar!

2 comentários:

Graciete disse...

Jorge,
E um poema bem mais soft e estival, não seria mais leve de digerir! :-)

Mas também ando ainda com o efeito da recente anestesia que fui sujeita, pelo que será provavelmente um problema meu.

Confesso que levei tempo sem fim, para chegar ao fim!!!
Ou melhor, e precisando, a conseguir uma leitura, mas obtive.

Será que o fogo que por aí anda não deu cabo da alma e de tudo o resto???? :-)))

Unknown disse...

Grace, os poemas e os poetas são intemporais... nada se pode obstar quando o estado de espírito invernal se expressa no estio...
bjinhos e que tudo corra bem...

Related Posts with Thumbnails