domingo, 7 de junho de 2009

SE ELES OPINAM... EU TAMBÉM POSSO OPINAR!

Eram 5 da manhã e o som inrompeu pelo silêncio assustador do meu recanto notivago! O despertador, antecipadamente programado, badalou 3 a 4 vezes um som que jamais quereria ter ouvido, e, nesse repicar de sinos estridentes, fiz um sacrifício patriótico para me conseguir por de pé - consegui!
No bordo da cama e na borda da vida, esbafuri um ganir de cão raivoso para com a vida, o mundo e, principalmente a Europa!
Passei pela cozinha e peguei num pedaço de broa ressequida pela amargura do tempo e pela falta de fermento e sal e dirigi-me para o meu veículo... o meu veículo, transportador de um pedaço de amorfo sentir sem vontade alguma de partir... 80 km mais adiante era o meu destino!
Lá, na terriola onde Camilo escreveu nas margens do Tâmega, esperava-me uma mesa de voto para constituir, eu e mais 4!
Das sete às 20 horas lá fomos recolhendo cartões e revendo pessoas que só vemos de acto eleitoral em acto eleitoral e, nesses breves momentos circunstanciais, vamos disparatando algumas palavras gastas pelo tempo...
No final, e isso é que interessa, o resultado que mais surpreende, e que toda a gente fala, a abstenção, foi de 40,2 %, e voltamos ao mesmo: Afinal que legitimidade têm os que são eleitos se de facto o maior partido não tem assento em parte alguma?
Lá uns aparcem e dizem: - quem não vota não pode falar...
- pois, a malta anda desiludida...
- Todos os anos é a mesma coisa....
- blá, blá, blá...
Nós, os que estamos nas mesas, assistimos a pessoas que vão até à porta das urnas e não descarregam os votos, e, quando assim é, algo de grave, de muito grave se passa, e não me venham dizer que não!
Nem tão pouco me digam que a culpa é minha, pos eu vou lá (até porque me pagam para isso), por isso a culpa tem de ser de alguém e eu desdes já culpo os políticos que não cativam, não dão exemplos dignificantes, não pautam pela transparência, não..., não,... não fazem nada, é o que é!
A conjectura permite, mais que nunca chamar a si os arredios e mostrar o caminho, um outro caminho que poderemos triçhar todos, mas sinceramente com outra gente... isto é apenas um sinal que a massa não leveda porque o fermento já está sem vida - E QUANDO ASSIM É, JOGA-SE A MASSA FORA (senão perguntem aos padeiros...)!
E muito mais me ocorreria dizer, até porque se eles, os mesmos de sempre, podem opinar, então eu também posso, até porque passo lá o dia a meter o coiso na urna... (embora seja pago para o fazer)!

6 comentários:

Joaquim Marques AC disse...

Cheira-me que aqui a abstenção é "muito mais grande"!
E, para a contrariar, eu voto em branco.

ck disse...

"Pinante" amigo, essa de passares o dia " a meter o coiso na urna" tem muito que se lhe diga!
Há alguma coisa que nos queiras contar???
;0)

ck disse...

"Pinante" amigo, essa de passares o dia " a meter o coiso na urna" tem muito que se lhe diga!
Há alguma coisa que nos queiras contar???
;0)

Adelaide disse...

Claudia, será que é por causa disso que além de lhes pagarem ainda lhes dão um dia de folga?

ck disse...

Pois deve ser, parece-me que isso de "meter o coiso na urna" durante todo o dia, não deve ser tarefa fácil!

Graciete disse...

Está tudo mais que explicado! Por isso ele ontem estava "virado do avesso"... e só gania!

Jorge, mas eu não tenho culpa disto!
Digo-te que estava para abster-me nesta postagem - para não ganires mais comigo - mas como já estou à boca da urna, faço como os outros, lá vou dizer uma coisinhas, apesar de saber que corro sérios riscos ...
Não me vou pronunciar sobre o que foi discutido ou não antes das eleições, apenas irei referir que as mesmas eram para a “Europa” e não vi os partidos a lembraram-se muito disso.
Concordo que os nossos políticos tirem ilações acerca da elevada percentagem da abstenção. Não concordo que sejam eles os únicos culpados. Não creio que as atitudes não participativas dos cidadãos, levem a que a sociedade avance. Existem formas de se discordar através do voto. Quem não o faz, assim entendo, perdeu a precisamente a melhor oportunidade de o fazer. Se não o fizeram, foi porque, de forma livre, decidiram não o fazer. Por isso, todos os que foram eleitos têm a legitimidade que lhes foi dada por todos os que, também livremente, resolveram fazer as suas escolhas.

Mas pensando bem, e depois do que escrevi ... acho que devia mesmo ter optado pela abstenção nesta postagem! :-)

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