Caros colegas
Neste último jantar deparei-me com um facto caricato, fruto do passar dos anos. É que já lá vão alguns anos (mais para uns do que para outros) desde que deixámos a nossa academia e algumas memórias vão-se apagando.
Eu queria, juntamente com todos os colegas, recolher as nossas músicas. As músicas que cantávamos na Tuna, as músicas que cantávamos quando estávamos bêbados, as músicas que cantávamos quando íamos para a Twins a pé e as outras... todas as outras.
Neste almoço, começámos a cantar muitas, mas já quase ninguém se lembrava de grande parte delas, ou pelo menos, de como acabavam!
Assim e com a ajuda de todos, gostaria de começar aqui o Cancioneiro das Nossas Memórias. Cada um escreve o que se lembrar e os outros vão acrescentando e/ou corrigindo. Vamos ver até onde ainda somos capazes de nos recordar. Eu atrevo-me a dar o primeiro passo. Venham os comentários e as críticas e as correcções. Começo por uma das que eu melhor recordo e que para mim, é sem dúvida uma das mais bonitas.
CHAMA RITA
No berço que a ilha encerra
Bebo as rimas do meu canto,
No mar alto desta terra,
Nada é razão do meu pranto
Mas no terreiro da vida
O jantar serve de ceia
E mesmo a dor mais sentida,
Dá lugar à Sapateia
REFRÃO
Ó meu bem, ó chama Rita
Meu alento e vai e bem
Vou embarcar nesta dança
Chama Rita, ó meu bem
Se a saudade não der
Para acalmar minha alma inquieta
Estou para o que der e vier
Nas voltas da chama Rita
Chama Rita, Sapateia
Eu quero é contradizer,
No aperto dessa bruma
Que às vezes me quer vencer
A todos um grande abraço
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4 comentários:
"Neste último jantar deparei-me com um facto caricato..." - Malva.
Ninguém me avisou que era jantar. Ao jantar já estava melhor e teria ido, com gosto, para te ouvir cantar.
Quanto ao teu pedido, não te posso ajudar, não me recordo haver cantorias de espécie alguma.
Só me recordo:
- do Alfredo a desenhar em silêncio bandeiras do Mundo e a sonhar com os Açores livres e independentes;
- do Arlindo, em silêncio e às escuras, a espantar os mosquitos do quarto para o corredor;
- da mesa de "lerpa" a funcionar 24/24 horas em silêncio, só interrompido pelo Tenente Barbosa dizendo que não estava ali para ganhar, só para não perder;
- dos gritos da Dra Adelaide no laboratório;
- do Bioucas responder ao Fino "o caralho é pai de todos, dá aqui um beijinho ao teu tio";
- do roncar da Terra seguido duns valentes tremores.
Portanto, não te posso ajudar.
Os colegas da Madeira, aí sim houve jantar, fartaram-se de cantar, quem sabe eles te possam ajudar.
Malva, chama-se "Chamateia".
Foi difícil de a descobrir, mas consegui.
Beijocas
Caríssimo Marques,
Os madeirenses gostam de música e de festa também! No jantar onde estiveste presente, cantou-se "Madalena", que não conhecia, mas que entra no ouvido.
Desafio os mais novos que lá estiveram presentes, para chegarem-se à frente e escrever!
Abraço
Obrigado, Raquel
e o resto do texto, está correcto?
Bjs
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