terça-feira, 3 de novembro de 2009

Onde estás tu agora?

Hesitei um pouco se devia "postar" (penso que é assim que se diz) ou não, isto porque apesar de ter "alguma" facilidade de escrita, não tenho grandes histórias para contar!
Então porque escrevo?
Escrevo, porque apesar de pequenas as minhas histórias, fazem parte de um passado comum, com intervenientes conhecidos por muitos!
Tive um percurso académico do qual me orgulho muito, recheado de pessoas que o engrandeceram.
Cheguei à Terceira no Outono de 1998, NOIVA! Pois é para quem já não se lembra, esta bimba, era uma "piquena", "lingrinhas", "muito envergonhada" mas que teve a coragem de agitar e desafiar o destino.
Adiei o casamento que naturalmente se anulou!
Como "postou" o meu querido amigo João (responsável pela minha primeira bebedeira) "o jeito" é algo ao qual é difícil fugir e seguindo a ideologia do Monteiro (que me fez o favor de enriquecer a minha cultura culinária e me apresentou o arroz azul), arrisquei tudo e reescrevi a história da minha vida num trapézio sem rede, posso adiantar que caí muitas vezes mas em todas elas aprendi muito e me reergui, sempre mais forte (tal mulher elástico).
Há momentos em que a vida se assemelha a um baloiço. Por vezes, temos os pés bem assentes na terra, não andamos nem para a frente, nem para trás, fazemos movimentos giratórios, aproveitamos a doce sensação de calma e tranquilidade sem sairmos do mesmo sítio.
Há situações, em que, timidamente, começamos a ganhar balanço e ora avançamos, ora recuamos, quando vamos para a frente não fazemos conquistas extraordinárias, mas quando retrocedemos também não perdemos muito.
No entanto, há dias em que resolvemos dar balanço e ver até onde conseguimos ir, decidimos perceber como será a sensação de marcar a diferença...
E eu, decidi tentar, pois aprendi que falhar é acima de tudo não tentar...
O DCA mudou o meu percurso de vida, redefini a trajectória e fui-me reconstruindo e alicerçando.
Desses anos à semelhança de todos vós guardo na memória imensos momentos felizes, gestos abertos, a lembrança do que fiz de melhor e pior e confesso que não me arrependo de nada, nesses anos tão intensos em que tantas vezes o Sr. Dinis realçou os meus sorrisos com luz e poucos perceberam a tremenda insegurança que sentia ...
Tudo isto me trouxe aqui ...

Onde estou eu agora?

Alice Correia da Rocha (recentemente) Ramos, pois é, 11 anos volvidos lá subi eu ao altar.

Resido na ilha das Flores há 6 anos, uma pérola a Ocidente e trabalho no Serviço de Desenvolvimento Agrário.

Continuo "piquena", pouco ou nada "lingrinhas, mas a vergonha, essa, perdi-a já há muito tempo!!!

5 comentários:

João Correia "MR" disse...

Meus amigos, isto tem que se lhe diga, esta moçoila é uma máquina de determinação, eu sei do que fala (ou escrevo)!!!
Até na tua primeira bebedeira estiveste bem.
PASCÁCIA sempre em grande...

uma bjoca doce

João Correia "MR"

Alexandre disse...

Um pouco de arroz azul e a vida nunca mais é mesma, foi o que eu sempre disse.

Joaquim Marques AC disse...

Alice,

Bem-vinda às "postagens"!

Não sendo da mesma geração, parece que o bichinho do "espírito" se manteve e perdura...

Bonita a tua apresentação e, sobretudo, muito bem redigida! Afinal há "ingenheiros" que sabem escrever português correctamente.

Não desanimes se tiveres poucos comentários, os DCA's sabem ler, mas intimidam-se perante quem sabe escrever!

António Pedro Malva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António Pedro Malva disse...

Parabéns, Alice

e uma vez mais que sejas bem vinda.

e eu num me intimido cuarago. Se num escrebo melhor, é porque num sei. Mas bocês também num sabem dar de comer às baquinhas. Só eu e o Solipa é que sabemos. Cada um é pró que nasce, quarago. Ou num é?

Related Posts with Thumbnails